A família do preso e o processo de protagonismo para mudança social
É um projeto que visa introduzir um serviço de orientação e assistência psicológica as famílias dos detentos no intuito de promover o processo de ressocialização do preso, gerando sua reintegração na sociedade como um sujeito consciente do seu papel, inclusive de seus direitos e limites de cidadão diminuindo as chances de reincidência.
Por que se faz necessário um trabalho como esse?
Verifica-se no sistema prisional tradicional brasileiro um alto índice de reincidência, segundo Silva Junior, chega à taxa de 59%, o que explica a busca por ações interventivas que possam reverter este quadro. Diante desse panorama encontramos muitos fatores que contribuem para alta reincidência, um deles esta relacionado ao aspecto familiar já que os presos enfrentam o sofrimento psíquico decorrentes do confinamento envolvendo suas familias nesse processo.
A violência é um fenômeno que aparece em todas as sociedades e grupos sociais, estudado pelas ciência sociais e da saúde. (Minayo e Souza, 1999).
A determinação das violências nos leva uma gama de fatores históricas, contextuais, estruturais, culturais e interpessoais. Configurando este fenômeno, compreendemos que as prisões como instituições com objetivos de proteger a sociedade contra os perigos de ruptura do tecido social das pessoas encarceradas raramente contribuem para que a família continue mantendo vínculos.
Compreendemos que para o trabalho de recuperação do apenado aconteça é essencial a presença da família.
As relações dos presos com os familiares se estabelecem em um ambiente onde não existem fronteiras o eu o outro e a instituição, em total ausência de privacidade. Essa posição devassa a intimidade e gera estigmas. Considerando estigma o atributo depreciativo que torna uma pessoa diferente da outra que se encontra numa categoria incluída. Esta pessoa deixa de ser considerada uma criatura comum e é colocada numa posição diferente, desacreditada, portadora de uma anomalia. (Golffman, 1988)
Identificando as estratégias de resistência utilizadas frente as dificuldades e as possíveis estigmas que sofrem em função de possuírem um familiar aprisionado.
Buscamos realizar uma assistência do preso através de contatos e visitas com a família.
Segundo Savassi e Dias, (2007) visita domiciliar define-se provisão de serviços de saúde por prestadores formais com o objetivo de promover, restaurar e manter o conforto, função e saúde das pessoas num nível máximo, incluído trabalhos físicos e psicológicos.
A estratégia de visita domiciliar prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da família, de forma que o psicólogo deve estar atento as formas como a pessoa vivência seus problemas, privilegiando o sujeito, sua configuração individual subjetivando o foco específico “o sofrimento psíquico”. (Angerani, 2006)
Visto que os trabalhos existentes estão sendo realizados nas próprias unidades prisionais, o acesso as famílias fica restrito aos visitantes dos apenados, o que evidência a necessidade de um trabalho domiciliar, onde o profissional de psicologia tenha condições de conhecer a realidade das famílias no seu contexto social.
A violência é um fenômeno que aparece em todas as sociedades e grupos sociais, estudado pelas ciência sociais e da saúde. (Minayo e Souza, 1999).
A determinação das violências nos leva uma gama de fatores históricas, contextuais, estruturais, culturais e interpessoais. Configurando este fenômeno, compreendemos que as prisões como instituições com objetivos de proteger a sociedade contra os perigos de ruptura do tecido social das pessoas encarceradas raramente contribuem para que a família continue mantendo vínculos.
Compreendemos que para o trabalho de recuperação do apenado aconteça é essencial a presença da família.
As relações dos presos com os familiares se estabelecem em um ambiente onde não existem fronteiras o eu o outro e a instituição, em total ausência de privacidade. Essa posição devassa a intimidade e gera estigmas. Considerando estigma o atributo depreciativo que torna uma pessoa diferente da outra que se encontra numa categoria incluída. Esta pessoa deixa de ser considerada uma criatura comum e é colocada numa posição diferente, desacreditada, portadora de uma anomalia. (Golffman, 1988)
Identificando as estratégias de resistência utilizadas frente as dificuldades e as possíveis estigmas que sofrem em função de possuírem um familiar aprisionado.
Buscamos realizar uma assistência do preso através de contatos e visitas com a família.
Segundo Savassi e Dias, (2007) visita domiciliar define-se provisão de serviços de saúde por prestadores formais com o objetivo de promover, restaurar e manter o conforto, função e saúde das pessoas num nível máximo, incluído trabalhos físicos e psicológicos.
A estratégia de visita domiciliar prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da família, de forma que o psicólogo deve estar atento as formas como a pessoa vivência seus problemas, privilegiando o sujeito, sua configuração individual subjetivando o foco específico “o sofrimento psíquico”. (Angerani, 2006)
Visto que os trabalhos existentes estão sendo realizados nas próprias unidades prisionais, o acesso as famílias fica restrito aos visitantes dos apenados, o que evidência a necessidade de um trabalho domiciliar, onde o profissional de psicologia tenha condições de conhecer a realidade das famílias no seu contexto social.
Aqui, gostaríamos de salientar que o diferencial desse projeto reside nessa mudança de perspectiva, que trás consigo a oportunidade de ampliar as informações sobre a origem e a base familiar dos detentos, o que pode explicar muitos comportamentos e assim desenvolver ações para a sua ressocialização.
Como se desenvolverá o Projeto?
O trabalho será realizado através de visitas às famílias dos presos que demonstrarem interesse no projeto. Nessas visitas serão desenvolvidas atividades voltadas para uma reflexão sobre as implicações decorrentes do confinamento a fim de conscientizar esses sujeitos do seu papel, inclusive de seus direitos e limites de cidadãos diminuindo as chances de reincidência.
O atendimento se dará no local onde residem as famílias, nesses encontros serão discutidos temas como: saúde, direitos, limites e conflitos relacionados às situações enfrentadas decorrentes do confinamento e estratégias para superá-las. Dentre estas estas estratégias está a possibilidade de viabilizar uma conscientização que leve essas famílias a acessarem junto a rede assistencial, programas e instrumentos que proporcionem melhor qualidade de vida, ou seja, utilizando a própria rede social do sujeito afim de possibilitar instrumentos que o auxiliem a atingir uma condição onde ele próprio consiga gerenciar suas ações.
Outro aspecto relevante se constituirá no trabalho de mediação de conflitos entre os atores desse processo de reclusão e também entre a sociedade e a família onde ela está inserida.
Outro aspecto relevante se constituirá no trabalho de mediação de conflitos entre os atores desse processo de reclusão e também entre a sociedade e a família onde ela está inserida.
O que esperamos obter com essas ações?
Orientar e assistir psicologicamente as famílias dos detentos no intuito de promover o processo de ressocialização do preso. Propiciar as famílias uma reflexão sobre as implicações decorrentes do confinamento envolvendo suas famílias nesse processo a fim de conscientizar esses sujeitos do seu papel, inclusive de seus direitos e limites de cidadãos diminuindo as chances de reincidência. Instrumentalizar as famílias a lidar com questões como o tempo restrito de convivência, a diminuição da renda familiar, os preconceitos e a saudades do recluso.
Dificuldades encontradas no decorrer do desenvolvimento do projeto.
Após o contato com a instituição prisional, começamos o trabalho na busca dos endereços fornecidos pelos familiares dos presos com o conscentimento destes e também dos detentos. deslocamos até esses lugares no intuito demarcarmos as possíveis famílias e iniciar as primeiras ações junto a elas. Usamos como ponto de apoio, a Unidade Básica de Saúde da comunidade da qual essas famílias fazem parte, afim de se utilizar dos conhecimentos que os agentes comunitários já possuem sobre essas pessoas. Munidos dessas informações percorremos o trajeto até a moradia das famílias referidas. Ao chegarmos ao destino fomos recebidos por pessoas ligadas aos sujeitos com quem pretende-se realizar o projeto, pois a família que procurávamos não se encontravam no local, esses pareciam estar desconfiados diante das nossas indagações sobre o morador que não estava presente, inclusive uma das pessoas com quem falamos era irmã de um dos detentos envolvidos no projeto.
Esta pessoa, como nos referimos anteriormente, nos comunicou algumas informações, mais parecia não estar disposta a colaborar, notou-se uma certa resistência, que pode estar relacionada com o fato de ser o primeiro contato com o nosso grupo, ou seja, eramos pessoas estranhas invadindo seu território.
Esta pessoa, como nos referimos anteriormente, nos comunicou algumas informações, mais parecia não estar disposta a colaborar, notou-se uma certa resistência, que pode estar relacionada com o fato de ser o primeiro contato com o nosso grupo, ou seja, eramos pessoas estranhas invadindo seu território.
Diante dessa experiência, fomos levados a refletir sobre a nossa proposta, pois ao encontrar pelo caminho resitências, fomos desafiados a usar nossa criatividade no sentido de descobrir formas de contornar essas dificuldades. Pensando nisso iniciamos um debate no grupo a respeito de qual seria a nossa próxima atitude, frente a essas limitações impostas pelas pessoas que encontramos ao tentar desenvolver o projeto.
As idéias surgidas dessa discussão foram muitas, entre elas:
Ψ A composição do artigo para ser divulgado em um veículo de mídia da região, referente ao contexto atual onde pouco se é feito para mudar a realidade que é de inação no que diz respeito a colocação em prática da Lei de Execução Penal (LEP), artigo 10 que prevê a assistência ao preso e ao internado como dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade e também orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima, como diz o artigo 23 § VII.
Ψ Um blog (esse que você lê) no qual mais pessoas pudessem acompanhar o desenvolvimento do projeto com atualizações semanais das atividades realizadas, também no blog seriam disponibilizados textos compostos pelo grupo GRAFAR, contextualizando toda a discussão que gira em torno da aplicabilidade da LEP, e também como a psicologia pode contribuir nesse processo de auxiliar os familiares e o recluso a tornar-se protagonista de sua própria mudança no seu quadro social.
Ψ Um blog (esse que você lê) no qual mais pessoas pudessem acompanhar o desenvolvimento do projeto com atualizações semanais das atividades realizadas, também no blog seriam disponibilizados textos compostos pelo grupo GRAFAR, contextualizando toda a discussão que gira em torno da aplicabilidade da LEP, e também como a psicologia pode contribuir nesse processo de auxiliar os familiares e o recluso a tornar-se protagonista de sua própria mudança no seu quadro social.
Ψ Uma comunidade no site de relacionamento orkut, com o objetivo de aproximar as pessoas interssadas em mudar essa perspectiva positivista, na qual os fenômenos possuem apenas uma causa que o constituem, ignorando a universalidade dos determinantes que compõem as possibilidades de um sujeito entrar em conflito com a lei. Essa comunidade poderá também reunir pessoas que já tiveram experiências de ter um familiar recluso ou mesmo pessoas que já tiveram institucionalizadas em uma penitenciária, contribuindo com relatos, sugestões de novas pesquisas e materiais bibliográficos que possam fomentar reflexões que futuramente se revertam em ações que produzam mudanças.
O próximo passo a seguir, será o desenvolvimento do artigo, já que o blog e a comunidade estão em funcionamento, claro que em condições embrionárias. Quanto ao artigo, estamos na fase de seleção de textos nos quais, fundamentaremos nossas idéias.
Até logo! Sua crítica será de grande valia ao nosso trabalho. Contribua!!!
Grupo GRAFAR.
10 Comentários:
olá muito bom o texto, parabens
eu gostaria de obeter maiores informações sobre os autores utilizados e citados durante o texto
estou realizando um trabalho sobre o tema e fiquei muito interessada!desde ja agradeço
Ola...adorei o conteudo e gostaria de contar com a ajuda de vcs...pois estou cofiante q irei fazer meu tcc sobre o trabalho com familias dentro da penitenciaria...estou cursando serviço social...e a parte de familia me chamou muito atenção no campo de estagio que é na penitenciaria..Desde ja OBRIGADA E PARABENS!
meu email é brunex_barros20@hotmail.com
oi,,,nao tem referencia seu trabalho
oi,,,nao tem referencia seu trabalho
nao tem referencias :(
Maravilhoso o trabalho.
Gostaria de saber se vcs poderiam me ajudar em meu trabalho.
Sou aluno de jornalismo, o foco é a família dos encarcerados e tenho que ter depoimentos de especialistas, sobre o sistema carcerário e sobre a parte psicológica das famílias e entrevistas com elas.
Oi boa noite. Meu irmão foi preso a 9 dias e torturado pelo polícia depois disso foi levado mas até agora ninguém da família pode ter acesso a ele pq ele apanhou de cabo de moto jogado num burraco e pisoteado cortaram os punhos da rede p enforcar ele chutes nas costas e muito mais e tudo isso algemado. Mas o pior é não ter certeza de nada pq não vimos ele até agora .não dormo MAS muito menos consigo trabalhar pq não paro de escutar os gritos dele . QUERIA A AJUDA de alguém mas estou sem rumo. Fora a situação da nossa mãe.
Nossa vida agora é um tormento .
Interessante é que o primeiro parágrafo já vem falando sobre direitos do preso e suas limitações como cidadão. Pq não conscientizá-lo quanto suas OBRIGAÇÕES como qualquer outro indivíduo de uma sociedade organizada?
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial